Em Campo Largo, 416 famílias receberão as chaves da casa própria

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Em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, 416 famílias vão receber as chaves da casa própria. Nesta terça-feira (11), o governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve no município para conferir os conjuntos de apartamentos Campo Largo I e II que serão entregues às famílias na próxima semana.

O governador fez a entrega simbólica das chaves a quatro futuros moradores, além de assinar a ordem de serviço de obras de recape e pavimentação asfáltica de ruas próximas aos condomínios.

Acompanhado do presidente da Cohapar, Jorge Lange, e do prefeito de Campo Largo, Marcelo Puppi, Ratinho Junior conheceu de perto a obra, que recebeu mais R$ 34 milhões de investimentos do poder público, com a participação dos três níveis do executivo.

O Governo do Estado deu assessoramento técnico da Cohapar, com participação ativa na viabilização da documentação necessária para contratação do empreendimento junto ao Governo Federal. “Uma das plataformas do governo é colaborar com os programas habitacionais dos municípios. A moradia é um grande sonho da população, e o governo, através da Cohapar e em parceria com as prefeituras e o governo federal, busca fazer grandes projetos na área”, disse Ratinho Junior.

“Esses apartamentos vão para famílias que passaram por um processo rigoroso de seleção. Aqui vão morar pessoas com deficiência, mulheres que criam sozinhas seus filhos e pessoas que muitas vezes moravam em casebres, em terrenos sem quaisquer condições de se viver”, disse o prefeito Marcelo Puppi.

A expectativa é de que a entrega técnica seja realizada na próxima semana, após aprovação da Caixa Econômica Federal, agente financeiro do empreendimento. As chaves serão entregues separadamente aos proprietários, de acordo com protocolos de saúde e segurança como prevenção à Covid-19.

NOVO LAR – Os apartamentos serão o novo lar de pessoas com renda familiar mensal de até R$ 1,8 mil, que pagavam aluguel ou viviam em condição irregular na cidade. “Havia uma série de ações judiciais pedindo que o município desocupasse áreas de risco, de vulnerabilidade e nas beiras das rodovias. Por isso, procuramos o Governo do Estado para conseguir recursos e construir estes conjuntos habitacionais”, explicou o prefeito.

“Fomos bater no então Ministério das Cidades, que nos deu um prazo de 30 dias para contratar o projeto ou então perderíamos os recursos. Fizemos todo o processo de contratação em um mês e hoje, para alegria de todos, vemos a obra concluída”, destacou Puppi.

Com os subsídios do poder público, que incluem aportes financeiros da União com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e contrapartidas estaduais e municipais, os beneficiários pagarão prestações que vão de R$ 80,00 a no máximo R$ 270,00 ao mês por 10 anos de financiamento. Os valores pagos pelos proprietários representam apenas 10% do custo do imóvel.

Cada apartamento tem 43 metros quadrados, com dois quartos, banheiro, sala, cozinha e lavanderia. As unidades térreas de cada bloco serão destinadas a pessoas com dificuldades de locomoção, idosos ou deficientes.

É o caso da família da dona de casa Luciana Cristina Marinke, que vai viver no local com o marido e três filhos, o mais velho cadeirante. “A gente vive basicamente com o benefício que meu filho recebe, e quase todo o dinheiro vai para o aluguel e as contas de casa. A prestação agora deve ficar em R$ 80,00, vai sobrar um pouco para investir no futuro dos meus filhos”, disse ela.

EMOÇÃO – A auxiliar de serviços gerais Marie Philomene Louicar se emociona ao imaginar o futuro no apartamento próprio. Nascida no Haiti, Marie migrou para Campo Largo há cinco anos, e agora planeja trazer o filho mais velho, que ficou no País, para morar com ela e os dois mais novos.

“Eu gasto hoje R$ 700,00 em aluguel, e não é a mesma coisa que morar no seu apartamento. Agora vai melhorar”, afirmou. “Vai ser uma alegria morar aqui com meus filhos. Vou guardar um pouco de dinheiro agora para conseguir reunir toda a família”, disse.

E a família de Suzana Abreu Portal, que em algumas semanas ganha uma nova integrante, também está ansiosa pela mudança. “Moro em Campo Largo há quase três anos e agora consegui um apartamento, que traz uma sensação de pertencimento bem gostosa. Vou sair do aluguel ao mesmo tempo em que minha filha vai nascer, o que trará um conforto maior”, afirmou ela, que nasceu no Rio de Janeiro e vive no Paraná desde 2009.

FORTALECIMENTO – O presidente da Cohapar, Jorge Lange, ressaltou que a política de fortalecimento das parcerias com a União, prefeituras e a iniciativa privada faz parte da estratégia adotada pelo Estado para ampliar investimentos em habitação de interesse social, mesmo em um cenário econômico desafiador.

Por meio do programa Casa Fácil, o governo pretende atender a todos os paranaenses, desde as pessoas com menos condições até aquelas que podem pagar as parcelas da casa própria. “Há também programas específicos para idosos, para o desfavelamento. Vamos investir muito em habitação”, ressaltou.

Além das ações integradas, a gestão estadual aumentou a oferta de programas próprios. Além do Casa Fácil, com financiamentos imobiliários oferecidos pela Cohapar, há também o Viver Mais, para idosos; o Vida Nova e o Nossa Gente, voltados à população em situação de vulnerabilidade social.

PRESENÇAS – Participaram da solenidade o chefe da Casa Civil, Guto Silva; os secretários municipais de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Fernando Galarza; e de Desenvolvimento Social, Márcia Botelho; o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Largo, Márcio Beraldo; o deputado estadual Fernando Francischini; e o gerente-geral da Caixa Econômica Federal de Campo Largo, Alcione Vidalin.