DIÁRIO DOS CAMPOS [IMPRESSO] - Deficit habitacional de PG ultrapassa 20 mil casas

O deficit habitacional de Ponta Grossa chega a 23.656 unidades – sendo 165 cadastros para domicílios rurais. Este índice coloca Ponta Grossa em quarto lugar entre os municípios com maior deficit habitacional do Paraná, conforme dados repassados ao dcmais e jornal Diário dos Campos pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar); em primeiro aparece Curitiba, seguido por Londrina e Paranaguá. Nos 24 municípios atendidos pelo escritório regional da Cohapar em Ponta Grossa, o deficit chega a 12,82% do deficit habitacional do Estado, estipulado pela Cohapar em 511.872 unidades.

Para diminuir um pouco este índice, a Cohapar destaca a implantação de três novos empreendimentos habitacionais em Ponta Grossa: um condomínio para idosos, por meio do programa Viver Mais Paraná, com 40 unidades habitacionais e investimento de R$ 5 milhões; e 20 unidades por meio do programa Casa Fácil Paraná, com investimento de R$ 1,7 milhão. Ambos os projetos estão em fase de licitação.

Além destes, está em fase de projeto um empreendimento com mais 1.210 unidades habitacionais, com recursos do FTGS e contrapartida do Governo estadual, que vai totalizar investimentos de R$ 145,2 milhões; empreendimento que deve ser feito no bairro Uvaranas.

INICIATIVAS MUNICIPAIS

A prefeitura de Ponta Grossa e a Prolar também informaram que têm como objetivo ampliar as oportunidades de moradia no município através de ações como a adesão ao ‘Programa Casa Verde e Amarela’, do Governo federal, para a construção de novas moradias, além de regularização fundiária e melhorias habitacionais, assim como a retomada do programa de Lotes Urbanizados, possibilitando ao beneficiário a aquisição de um lote com a Infraestrutura básica pronta para instalação de sua moradia.

No caso dos programas andamento, a Prolar seguirá com o projeto de Regularização Fundiária - Reurb ‘Minha Casa Legal’ que permitirá que parte dois imóveis em situação irregular no município possam ser regularizados, desde que de acordo com os critérios do programa, retirando as famílias da ilegalidade e proporcionando melhoria na Infraestrutura existente do local, assim como melhor qualidade de vida para os moradores. “

Outra iniciativa é o Programa Lar Acolhedor, que institui o Aluguel Social, e destina-se à concessão de benefício financeiro mensal para pagamento de aluguel de imóveis de terceiros, em favor de famílias em situação de precariedade habitacional, emergência e de baixa renda”, aponta a Prolar, por meio de sua assessoria de imprensa.

REGIÃO

Dos 24 municípios da região atendidos pelo escritório regional, desde janeiro de 2019 a Cohapar mantém investimentos em 19. Ao todo, são 43 empreendimentos entregues, em obras ou em projetos, totalizando 3.443 moradias e R$ 311 milhões de investimentos conjuntos com o Governo Federal e prefeituras. No entanto, algumas cidades da região as obras estão paralisadas: é o que acontece em Arapoti, Ortigueira, Piraí do Sul e Sengés.

Nos quatro municípios, são 125 unidades que deveriam estar sendo construídas, somando investimentos de R$ 3,75 milhões. Todas as unidades com obras paralisadas fazem parte do mesmo programa, o Minha Casa Minha Vida Sub50, que foi uma modalidade do Governo federal que apresentou problemas em todo o país.

Como se trata de um programa federal, mesmo que o Governo do Estado e as prefeituras tenham o interesse em concluir as obras, é necessária uma autorização da União, que já sinalizou que pretende resolver a situação. A União trabalha com um Planejamento para concluir em no máximo três anos as obras estas obras do Minha Casa Minha Vida Sub50. Há mais de 40 mil unidades do programa atualmente paralisadas no Brasil, sendo 1.114 no Paraná.

Municípios atendidos
Os municípios atendidos pelo escritório regional da Cohapar são: Arapoti, Carambeí, Castro, Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Imbaú, Imbituva, Ipiranga, Ivaí, Jaguariaíva, Ortigueira, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas, Reserva, Santana do Itararé, São José da Boa Vista, Sengés, Teixeira Soares, Telêmaco Borba, Tibagi, Ventania e Wenceslau Braz.