DIÁRIO DOS CAMPOS - Subsídios facilitam a compra da casa própria
De acordo com dados do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (PEHIS), cerca de 90% das pessoas que não possuem casa própria no Paraná têm renda familiar de até três salários mínimos e, para grande parte delas, os altos custos de entrada nos financiamentos imobiliários é o principal entrave para a realização deste sonho.
Foi a partir deste diagnóstico que o Governo do Estado lançou, em maio de 2021, a nova modalidade do programa Casa Fácil Paraná, chamada Valor de Entrada. A iniciativa oferece R$ 15 mil por família para que elas adquiram imóveis fi - nanciados pela Caixa Econômica Federal em empreendimentos habilitados em um chamamento público da Cohapar.
Sete meses após o seu lançamento, mais de R$ 181 milhões já foram liberados por meio da iniciativa, o que permitiu que mais de 11 mil famílias paranaenses deixassem o aluguel para trás. Para o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o programa tem feito a diferença para famílias de menor poder aquisitivo que estão em busca de uma moradia. “Uma pessoa que tem uma renda de 1.400, 1.600 reais ao mês tem muita dificuldade de poupar dinheiro pra dar de entrada em um imóvel.
Por isso fizemos um programa em que o Governo do Estado paga R$ 15 mil de entrada para que ela possa comprar a sua casa própria”, afirma Ratinho Junior. A rápida evolução da modalidade, cuja meta é atender 30 mil famílias até o fim de 2022, se deve ao seu modelo de funcionamento, que segundo o presidente da Cohapar, Jorge Lange, foi amplamente discutido com a sociedade. “Desenvolvemos esse programa com a participação do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Caixa Econômica, Ministério do Desenvolvimento Regional, setor privado e técnicos dos órgãos estaduais”, explica. Os aportes estaduais somam-se aos subsídios variáveis do programa Casa Verde e Amarela e a possíveis contrapartidas das prefeituras, como a doação dos terrenos para a construção dos empreendimentos e isenção de tributos municipais, como ITBI e ISSQN. Com isso, o valor final de venda dos imóveis aos beneficiários cai expressivamente em relação a uma operação normal de mercado.