Fórum finaliza com balanço das ações habitacionais de 2024 e perspectivas para 2025

Nesta sexta-feira (6), último dia do 71° Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, o evento contou com a apresentação da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades sobre o balanço habitacional no ano de 2024, assim como as perspectivas e orçamentos para 2025. A discussão envolveu representantes da ABC, FNSHDU e empresários da construção civil.

Mediando o debate, o presidente da Cohapar, Jorge Lange, ressaltou os constantes aperfeiçoamentos dos programas que fizeram alavancar a produção de habitação de interesse social e reduzir o déficit de moradias. Lange frisou o papel da Caixa Econômica Federal, como motor de desenvolvimento de políticas públicas habitacionais e de infraestrutura. “Estamos vivendo um momento especial, com essa união de esforços e de investimentos massivos na pasta. Podemos melhorar ainda mais, dar velocidade e aprimorar as técnicas, para elevarmos o alcance desse importante segmento que impacta toda população”, pontuou.

O superintendente nacional da Caixa, Raul de Oliveira Gomes, mencionou os novos projetos do principal agente financeiro do país, através da ampliação de linhas de atendimento, fortalecimento das ações em andamento e fomento do programa de melhorias habitacionais. Para ele, o diálogo e união entre os entes envolvidos, sobretudo os que vivem cotidianamente os entraves da área, é essencial para que se promovam os ajustes necessários para solucioná-los. “A Caixa está pensando em todas as necessidades da população brasileira, buscando um conjunto de soluções para superar as metas em relação à habitação”, disse.

Representando o Ministério das Cidades, o secretário nacional de habitação, Augusto Henrique Alves Rabelo, salientou o expressivo número de unidades habitacionais entregues em 2024, a retomada e conclusão de 50% de obras que estavam paralisadas, bem como evidenciou o relevante desempenho das contratações junto ao FGTS, ao Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e de projetos rurais. “A gente desenha as políticas públicas, disponibilizamos orçamento para isso, e agora precisamos ajudar os entes públicos. Queremos resolver os gargalos, fazer os ajustes para avançarmos em todas as modalidades, e elevar essa importante parceria para outro patamar”, completou.

Por sua vez, o copresidente da Construtora Pacaembú, Victor Almeida, elencou os três pilares que movem os âmbitos habitacional e de infraestrutura, dando confiança e respaldo para que as iniciativas privadas atuem em conjunto: os programas bem estruturados das esferas governamentais; a Caixa, como principal agente investidor; e o empenho dos demais entes públicos estaduais e municipais, que abraçam a causa e fazem a engrenagem girar.
Dentre os desafios da pasta, ele reforçou a questão das taxas de juros, da saúde financeira das fontes investidoras, além das dificuldades com a falta de mão de obra e encarecimento das matérias primas. “Estamos vendo um futuro contínuo para a habitação no Brasil, mas precisamos inovar métodos, materiais, industrializar o segmento para sermos mais eficientes. A moradia própria tem um impacto imenso na vida das famílias, pois representa dignidade, segurança, uma formação de um patrimônio pra elas e um alívio no orçamento. Então, temos que nos unir e olhar sempre no sentido de como podemos melhorar”, concluiu Almeida.

O final do Fórum foi marcado pela entrega do prêmio Selo de Mérito aos projetos e programas vencedores de maior destaque e resultados mais relevantes para a pasta. Além das diversas autoridades e palestrantes, o evento contou com a participação de comitivas de inúmeros estados e municípios do país e representantes estrangeiros de empresa voltada à consultoria global para desenvolvimento sustentável.

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