Cohapar faz mutirão para renegociação de dívidas de mutuários em Londrina

04/12/2020
A Cohapar concluiu nesta quinta-feira, em Londrina, o primeiro mutirão de audiências de conciliação para renegociação de dívidas imobiliárias, feito em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná. A iniciativa conjunta entre os poderes Executivo e Judiciário estaduais é fruto de um acordo firmado em setembro deste ano e deverá beneficiar milhares de famílias que têm dívidas de financiamentos com a companhia. As ações são coordenadas pelo primeiro Centro Judiciário de Solução de Conflitos especializado em habitação, algo inédito no País. Chamado de Cejusc Casa Fácil, a estrutura tem a proposta de regularização de dívidas antes do ajuizamento de ações de cobrança, pela via pré-processual. A medida também prevê o refinanciamento das dívidas e a regularização de contratos com ocupantes das casas que não são mais os titulares do financiamento, mas que se enquadram nos critérios de atendimento da Cohapar. As audiências em Londrina aconteceram no escritório regional da Cohapar. Mutuários com prestações atrasadas residentes na região tiveram a oportunidade de regularizar as pendências financeiras com a Companhia de Habitação com descontos expressivos das dívidas e reparcelamento do saldo remanescente. Durante os quatro dias de mutirão, que contou com o apoio técnico de conciliadores do TJPR, foram feitas 97 audiências, com índice de comparecimento superior a 80%. Dos mutuários que compareceram, 69 chegaram a um acordo para renegociação da dívida com a Cohapar, o que representa um índice de sucesso de 88%. O produtor audiovisual Robson Bortollin, de 34 anos, foi um dos mutuários beneficiados. Ao saber da oportunidade via Cohapar, ele agendou a audiência e conseguiu um expressivo desconto no financiamento. Robson vai economizar quase 50% da dívida, em torno de quase 4 mil reais.// SONORA ROBSON BORTOLLIN.// Com a conclusão do projeto-piloto em Londrina, novas rodadas de renegociação estão previstas para os próximos meses em Cascavel, Ponta Grossa, Maringá e Foz do Iguaçu, com a expectativa de cerca de 100 processos administrativos de regularização em cada município. O presidente da Cohapar, Jorge Lange, explica que a iniciativa, demonstra a preocupação do Governo do Paraná em priorizar o aspecto social dos programas habitacionais, além de tornar os processos de renegociação e regularização mais eficientes.// SONORA JORGE LANGE.// De acordo com o segundo vice-presidente do TJPR, desembargador José Laurindo de Souza Netto, além do uso da via pré-processual ter um custo menor ao devedor, ela também é mais rápida.// SONORA JOSÉ LAURINDO DE SOUZA NETTO.// A iniciativa também deverá ser expandida para municípios menores, que poderão aderir ao convênio através da Cohapar e utilizar os mesmos benefícios para os programas habitacionais. Com isso, o Governo do Estado pretende transformar o programa em uma política de Estado permanente para resolução de conflitos habitacionais extrajudiciais. A estimativa é de que cerca de 16 mil e 200 mutuários sejam beneficiados com a renegociação extrajudicial chancelada pelo TJPR, o que representa cerca de 52 milhões de reais em processos de refinanciamento imobiliário. (Repórter: Amanda Laynes)