Presidente da Cohapar participa de painel sobre Habitação de Interesse Social no Construa Sul

Nos dias 12 e 13 de junho, Curitiba recebeu a primeira edição do Construa Sul, evento promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e entidades da Região Sul do Brasil, em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR). Neste segundo dia, a programação técnica contou com a participação do diretor-presidente da Cohapar, Jorge Lange, no painel sobre “os desafios e as soluções para a Habitação de Interesse Social”.
A iniciativa reúne autoridades públicas, investidores, empresários líderes do segmento e 96 entidades associadas à CBIC, no intuito de debater estratégias, desafios e oportunidades da indústria da construção civil e do mercado imobiliário nos estados da Região Sul. Isso porque Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul representam uma região estratégica para o país, uma vez que os três juntos respondem por cerca de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial nacional, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria de 2023; além de serem a segunda região mais industrializada do Brasil e com a menor taxa de desemprego, com média de 4,9%.
As pautas visam a articulação e fortalecimento do setor para ampliar a escala de produção, discussão de alternativas para a captação de novos recursos, além de estimular o desenvolvimento de políticas públicas mais efetivas e que contribuam para o crescimento regional.
A abertura do evento contou com a presença dos três governadores do Sul do Brasil, Ratinho Junior (PR), Jorginho Mello (SC) e Eduardo Leite (RS), que apresentaram as ações habitacionais realizadas em cada Estado, os resultados obtidos e investimentos aplicados, bem como os potenciais de avanço para o ramo.
PAINEL - Neste segundo dia, o presidente da Cohapar, Jorge Lange, participou do painel sobre “os desafios e as soluções para a Habitação de Interesse Social”, juntamente com o diretor de habitação da Caixa Econômica Federal, Roberto Ceratto, o CEO da Construtora MRV, Eduardo Fischer, e os presidentes da CBIC e Sinduscon/PR, Renato Correia e Carlos Cade, respectivamente.
Para Lange, a construção civil é um segmento que tem a capacidade de transformar todo o país e impacta diretamente a comunidade. Através da moradia é que se faz possível realocar famílias de áreas de risco, de favelas e locais irregulares, levando dignidade a essa população, além de movimentar a economia, gerando emprego e renda.
O presidente da Cohapar destacou o empenho do governador Ratinho Júnior em desenvolver projetos efetivos e que conseguissem atender a parcela da população que mais necessita. “O governador é apaixonado pela habitação e se dispôs a fazer o maior programa dentro do cenário. Fizemos um amplo estudo com os envolvidos no ramo e entendemos que o custo da entrada era o maior entrave. A partir daí, formulamos o Casa Fácil, que hoje é uma referência em todo o país, e atua na concessão de subsídio para uma grande faixa de público com renda de até quatro salários mínimos”, explicou.
Lange apontou a necessidade de buscar novos caminhos, com solidez e amparo jurídico, para fomentar a captação de novos recursos, além de ajustar os modelos vigentes a fim de ampliar o alcance dessas ações. “Precisamos trabalhar de maneira perene na construção civil, trazendo estabilidade e segurança para os construtores, mas sobretudo para as famílias. O governador Ratinho Júnior já garantiu recursos para mantermos o programa funcionando até 2027, para seguirmos trabalhando em prol da habitação de interesse social”, completou o presidente da Cohapar.
O diretor de habitação da Caixa Econômica Federal, Roberto Ceratto, falou sobre a importância das parcerias para o desenvolvimento de soluções dos desafios habitacionais. “Os modelos tradicionais chegaram em um limite, mas a sinergia de propósito de todos os envolvidos nos faz avançar. O Sul tem cerca de 18% das contratações habitacionais do país e, apesar das dificuldades, tivemos crescimento. Hoje temos novos recursos sendo destinados, o que nos dá estabilidade para planejarmos as ações futuras”, afirmou.
Ceratto abordou ainda sobre a necessidade de alternativas mais sustentáveis no âmbito da construção civil, para garantir o melhor aproveitamento dos espaços, reduzir perdas e trazer celeridade aos processos. “Precisamos diminuir o deficit habitacional ocupando melhor as áreas e infraestruturas existentes, bem como devemos pensar em uma construção mais industrializada, com menos gastos em deslocamentos e perdas de materiais”, salientou.
Por sua vez, o CEO da Construtora MRV, Eduardo Fischer, frisou a grande demanda de moradias em todas as regiões do país, elencando os principais desafios do ramo para a iniciativa privada. “Temos gente buscando a sua moradia o tempo todo, mas também temos o desafio de crédito, os processos de aprovação ainda morosos e projetos muitos despadronizados. Precisamos trabalhar para unir organizar essas pontas”, disse.
Fisher parabenizou a atuação relevante da Cohapar e do Programa Casa Fácil, o qual destacou como um modelo exemplar de política pública, e da Caixa Econômica. Para ele, as instituições são grandes pilares nesse cenário e conduzem os projetos de habitação de interesse social de forma inovadora. “Na hora que falhamos ao não atender a população com moradia, ela encontra uma solução. Mas geralmente é algo informal, precário e acaba se tornando permanente. Posteriormente, os governos gastam muito mais para reverter a situação. Então, precisamos nos unir e pensar as diferentes formas para favorecermos a habitação essas pessoas”, concluiu.
Os presidentes da CBIC, Renato Correia, e do Sinduscon/PR, Carlos Cade, concluíram o painel parabenizando as autoridades participantes pela atuação expressiva no mercado imobiliário e o impulsionamento que os projetos trazem ao setor, e agradeceram as contribuições de todas as lideranças, investidores e empresários da construção civil durante o Construa Sul.